MI DUELE LA CABEZA

Nesses tempos bicudos, em que vaca fica louca, frango tem coriza e espirra, porco tem enxaqueca e tosse seca e os mosquitos picam e fodem com a gente, a vontade que se tem é de gritar bem alto: PUTA-QUE-OS-PARIU!!! Que merda de mundo é este?!...

Aí, como a crise financeira mundial já caiu na paisagem, os Nardoni, os Dantas e que tais já não vendem maise o próximo BBB só em 2010, a imprensa pega pesado e faz o maior estardalhaço com a bola da vez que é a gripe suína, espalhando o pânico alhures e algures.

A julgar pelo que se ouve e se lê, o México tá "rodido". Não tem Zapata ue dê jeito. Ouvi dizer que o "clima" por lá anda tão carregado, que quando qualquer vítima da tal da influenza é encontrada, desenvolve-se o seguinte diálogo:

- Como te llamas, hombre?

- Me llamo Pancho...

(Pum! Pum! Pum!)

- Te llamavas!...

Eu mesmo, que planejava ir fazer um tour gastronômico e apimentado na terra do Chaves (não do Chavez), e me empanturrar de burritos, chimichangas, churros, gorditas, guacamoles, horchatas e tacos, já desisti. Quem é doido?!...

Com esse tratamento que estou fazendo, à base de interferon e ribavirina, sinto todos os sintomas das doenças acima citadas e de mais algumas.

A loucura da vaca me pega de jeito, e aí chuto, quebro, grito, mordo, belisco. Coisa mesmo de vaca... e louca... quer dizer, de touro louco, que eu sou é espada rsssssssssss.

Dos galináceos, o estado gripal e a cara de cu mal lavado, cara de galinha com gôgo (alguém lembra?). Do porco, febre, tosse e uma vontade danada de me esparramar nas poças d'água de Itapuã. Do aedes, absolutamente tudo. Febre, fadiga, dor no corpo,, prostração, dor de cabeça e tudo o mais que se tem direito.

Como se não bastasse toda esta sintomatologia animal, ainda tem a rebordosa do aspecto humano que é uma tristeza profunda e essa vontade constante de chorar feito bezerro desmamado e de voltar para a barriga da mamãe. E essa é a parte pior. Aliás, sendo humana só poderia ser a pior parte mesmo.

Pois então... daqui da minha itapuãzinha é que eu não saio. Encaro surto de dengue, de meningite e as porras. Fico no meu quieto.

No México, nem fudendo. Vai que alguém me faz lá a fatídica pergunta:

- Como te llamas, muchacho?...

Aonde?!...