segunda-feira, maio 24

FRASES DOs BUZUS

( acesse: http://www.baianandonacopa.blogspot.com/

Estava lendo as frases dos buzus das seleções e fiquei impressionado com a falta de criatividade da moçada.

"Vamos, Suiça!" é demais, né não?

A do Brasil disparadamente, é a melhor, mesmo sem ser grandes coisas. Ao menos, espelha uma realidade local: buzu lotado.

Daí, resolvi "demenciar" em cima dessas pérolas de criatividade. Quem sabe, na próxima Copa não rola uma consultoria?...

 

África do Sul: Uma nação, orgulhosamente unida sob um arco-íris.

Sem nenhum preconceito, mas isso aí mais parece slogan de parada gay.


Alemanha: Na estrada para ganhar a Copa!

Essa aí, é plágio de célebre frase de Jack Kerouac: Na estrada para ganhar o copo!


Argélia: Estrela e a lua crescente com um objetivo: Vitória!

Outro quase plágio. Lembram daquela tal da menina do anel de lua e estrela? Só não sabia que ela era argelina e se chamava Vitória. Deve de ser a Argelina Jolie.


Argentina: Última parada: a glória!

A Pires ou a Menezes?... Ou será a cerveja skol? Porque se for o bairro carioca, los hermanos estão atrasados. O Aterro do Flamengo levou a metade.


Austrália: Ouse Sonhar, Avance Austrália!

Sonhar com canguru pulando significa o que mesmo? Com galinha pulando a gente sabe, né?


Brasil: Lotado! O Brasil inteiro está aqui dentro!

Essa é boa. Tipo frango com tudo dentro, né? Agora, os políticos também estão?... Pára o carro, motô, que eu quero descer!!!


Camarões: Os Leões Indomáveis estão de volta.

Essa mistura de oceanário com jardim zoológico, sei não, viu?


Chile: Vermelho é o sangue do meu coração, Chile campeão.

Sangue?... Chile?... hum... Triste memória.


Coréia do Norte: 1966 de novo! Vitória para a Coréia do Norte!

1966 de novo?!... Mas o ano que não terminou não foi 1968?


Coréia do Sul: Os Gritos dos Vermelhos, República da Coréia Unida.

Esses gritos dos vermelhos são muito comuns nos sanitários. Aquele pessoal que não segue os conselhos de Patrícia Travassos, percebeu?


Costa do Marfim: Elefantes, vamos lutar pela vitória!

Bom... Lutar eu não garanto, mas chatear, com certeza. São quantos elefantes mesmo? Xiiiiiiiii!!!


Dinamarca: Tudo o que você precisa é uma seleção dinamarquesa e um sonho.

Eu?!... Sei não... E se existir mesmo "algo de podre"?...


Eslováquia: Façam tremer o gramado verde! Vamos Eslováquia!

Peraí!!! Abalo sísmico, não!


Eslovênia: Com 11 corações valentes até o fim.

Mel Gibson é o goleiro, é?


Espanha: Esperança é meu caminho, vitória é meu destino.

Caminho pra onde?... Só se for pra Santiago de Compostela.


Estados Unidos: Vida, Liberdade e a busca pela Vitória!

Yes we can! Acho que já ouvi esse lero-lero antes.


França: Todos juntos por um novo sonho em azul.

E o sonho é azul? Pensei que a liberdade é que era azul, a igualdade branca e a fraternidade vermelha.


Gana: A esperança da África

Aí, existe um equívoco. O ouro é nas Olimpíadas.


Grécia: A Grécia está em todos os lugares!

Principalmente no FMI.


Holanda: Não tema os cinco grandes, tema os 11 laranjas.

Assim alhures como algures. Só que nossos laranjas são bem mais que 11.


Honduras: Um país, uma paixão, 5 estrelas no coração!

Que hondura é essa, véio?!... Parece versinho de criancinha: "sou pequeninha, do tamanho de um botão, trago papai no bolso e mamãe no coração".


Inglaterra: Jogando com orgulho e glória

Oxente! Oi a tal da Glorinha de novo. Esse negócio de old glory não é dos yankees?


Itália: O nosso azul no céu africano!

Pasmem! É a frase do país de Dante e Petrarca. Será que os fratelli pensam que o céu africano é preto?


Japão: O espírito Samurai nunca morre! Vitória para o Japão!

Os espíritos de Jason e Freddy Krueger também não.


México: É hora de um novo campeão!

E viva Zapata!


Nigéria: Super Águias e supertorcedores, estamos unidos.

A Bamor faria frase bem melhor.


Nova Zelândia: Chutando ao estilo Kiwi

Erraram o verbo?... É chutar ou chupar?

 

Paraguai: O leão Guarani ruge na África do Sul

Ó paí ó: falsificam até o rei das selvas.


Portugal: Um sonho, uma ambição… Portugal campeão!

O sonho é da Perini, é?


Sérvia: Joguem com o coração, liderem com um sorriso!

Isso não é futebol! É nado sincronizado ou campeonato de aeróbica.


Suíça: Vamos, Suíça!

Quanto entusiasmo! Só consigo ouvir uma voz senil e claudicante: Vamos, me apare as suíças (na barbearia)!


Uruguai: O sol brilha sobre nós! Vamos, Uruguai!

Le soleil brille dans le ciel, the book is on the table e alea jacta est... Alguém me esclareça aí, por favor: o que é que o cu tem a ver com as calças?

 


 

sexta-feira, maio 21

QUANDO A ALMA CHEIRA A TALCO

A arte da interpretação sempre me empolgou. Sou capaz de assistir a um filme ou a uma peça teatral ruim se contar com boas atuações. O mistério da corporificação de um personagem me deixa ligadão, num quase transe. Para mim, a grande interpretação é aquela que nos faz ver, sentir, compreender – cada um ao seu modo – o personagem, porém, sem perder o foco na figura do intérprete.

Acredito que o bom profissional da interpretação deve ter esse controle de ser outro, sem deixar de registrar a sua presença cênica. Este talvez seja o grande segredo dos atores e atrizes talentosos.

É, porque intérpretes que ao ceder seus corpos e suas emoções para fazer existir os personagens, se não exercem esse controle, incorrem no erro de lhes outorgar excessiva autonomia e no risco de perder a medida exata, a batida perfeita.

Numa visão bastante simplista, considero que existam três principais tipos de atores:

1 – O mau ator. Aquele que nos deixa envergonhados e constrangidos fazendo-nos sentir pena e nos deixando aflitos para vê-lo fora de cena (ou melhor, para não vê-lo em cena nunca mais);

2 – O ator medíocre. Aquele que não chega a nos afligir, mas que também não consegue nos emocionar ou envolver (a televisão está repleta de atores desse nível, muitos deles saídos diretamente do "almoxarifado" de Malhação da Rede Globo, belos e viçosos como deuses do Olimpo);

3 – O bom ator. É aquele acima descrito. Ele é, antes de tudo, um profissional da arte e, nesse sentido, para ele, não existem personagens ruins, apenas uns "menos bons" que outros. É o tipo que costuma "roubar a cena". Com um bom roteiro e uma boa direção esse profissional é facilmente catapultado ao verdadeiro estado da arte.

Tudo isso me ocorreu ao ver Marília Pêra em uma cena boba de uma nova série Global. Estava apenas passando diante da televisão, quando bati os olhos na cena e bum!... Fiquei hipnotizado pela desenvoltura, pelo talento, pelo savoir faire da atriz, mesmo numa seriezinha de televisão, com um texto que Shakespeare, por exemplo, não assinaria jamais (que me perdoe o Falabella).

Existe algo de mágico, de absurdo, de paranormal e até mesmo de anormal na grandiosidade das boas atuações. É sensacional percebermos que ali está um profissional competente, talentoso, com pleno domínio das técnicas de interpretação e que com total despreendimento veste-se de um personagem à palavra ação!, e o despe de idêntica forma ao grito de corta! Ou, no caso do teatro, ao abrir das cortinas e ao seu fechamento.

Claro que nem sempre esse despir-se é assim tão fácil. A própria Marília Pêra relata que, ao gravar a minissérie "O Primo Basílio", na qual interpretava a amarga e malévola criada Juliana, precisou de suporte psicológico para arcar com o peso do personagem.

Costumo dizer que o bom intérprete é aquele que nos faz sentir ser contaminado pelo cheiro do talco impregnado na sua alma, tal como no bumbum do bebê.

 

quarta-feira, maio 19

FILHOTES DE LABRADORES

Uma das namoradas do meu labrador pariu 13 filhotes pretos (machos e fêmeas). Como a fêmea não é nenhuma Matarazzo, nem tem pedigree, o preço é uma bagatela. Nem "Ricardo Elétrico" vende por menos. E mais: cobrimos qualquer cadela, digo, oferta.

O MELHOR DA COPA 2010...

NÃO VAI DAR BRASIL

O título acima poderia estar grafado de outra forma: NÃO VAI DAR, BRASIL. Daria no mesmo, ou seja, não dará Brasil, seja assim, ou seja assado.

Posso estar enganado, mas esta Copa não será nossa, e não necessariamente por conta da escalação de Dunga, e sim, muito mais, pela inconveniência de tal fato.

Vejamos.

O certame acontecerá na África do Sul, país de triste e vergonhosa história de abuso, exploração e desonra dos white people para com os colored. O apartheid é, juntamente com o holocausto judeu e outras formas de racismo e intolerância, uma mácula tenebrosa no currículo da humanidade. Dessa forma, um título de campeão mundial de futebol para a seleção africana viria mesmo a calhar, isso sem falarmos no fato de os EUA terem o primeiro presidente negro da sua história.

Por sua vez, o Brasil é recordista em títulos mundiais. São cinco taças, incluída aí a derretida Jules Rimet. Além disso, a competição de 2014 acontecerá justamente em plagas tupiniquim e já nos basta a derrota para o Uruguai, dentro de casa, na Copa de 50. Não queremos, de jeito e maneira, reacender as chamas que queimaram as traves de madeira do goleiro Barbosa*, naquele fatídico 2 x 1 para los hermanos uruguaios. Tudo bem, pior seria se fossem argentinos.

Schiaffino, never more!!!... Ghiggia, nunca mais!!!

Digam-me, com pureza d'alma, vocês crêem mesmo que o Brasil ganha essa Copa?

Mas, como se costuma dizer (e não acreditar), o importante é competir e, mais ainda, torcer. Ter motivo para sair mais cedo do trabalho e enfrentar engarrafamentos monstruosos, passar no mercado para o abastecimento etílico e gastronômico, receber os amigos e vibrar a cada bom lance verde/amarelo, sofrer a cada contra ataque do adversário e chorar copiosamente a cada vitória da seleção brasileira.

Torçamos apenas para que o nosso sisudo personagem dos Irmãos Grimm não exagere no nepotismo, usando aqueles duvidosos modelitos criados por sua filha estilista.

E que venha a Copa!... e os copos!...

 * O goleiro Barbosa foi injustamente responsabilizado pela derrota brasileira na Copa de 1950 no Maracanã. Segundo o jornalista jornalista Mário Filho, no seu livro "O Negro no Futebol Brasileiro": "...três pretos foram escolhidos como bodes expiatórios: Barbosa, Juvenal e Bigode... Era o que dava, segundo os racistas que apareciam aos montes, botar mais mulatos e pretos do que brancos num escrete brasileiro."

"Em 1999, depois de uma reforma no Maracanã, Barbosa ganhou de presente as traves de madeira do Estádio. As mesmas sob as quais ele levou os dois gols do Uruguai. que o ex-jogador queimou as traves num amargo churrasco com os amigos." (http://fut-tec-etc.blogspot.com/)

Morreu pobre e esquecido.