É O BLOCO DO JEGUE

Direto de Boipeba

O sol não tem sido muito amigueiro por aqui, nesses dias de momo. Parece que em Salvador também não, né?

Mas tá boa a coisa por aqui. Mesmo sem aquele sol todo, o Bloco do Jegue está arrasando. Sai todos os dias, em todos os circuitos.

O Bloco é um fenômeno que ameaça a supremacia pernambucana no livro dos recordes com o Galo da Madrugada. Isso é porque o Guiness Book ainda não viu o Bloco do Jegue de Boipeba.

Rapaz!!! Sem exagero nenhum!... são pra mais de 10 componentes atrás de um jegue no qual está acoplada uma caixa de som (dá pra imaginar a qualidade, né?), lascando um som do "chicrete" que não deixa ninguém parado. Todos correm... pra bem longe. É verdade! Porque o grande barato dos foliões é sujar as pessoas com farinha de trigo, o que dá um aspecto meio fantasmagórico ao cortejo. Não fosse o jegue e o som mavioso do "chicrete", dir-se-ia tratar-se de um remake do videoclip de Thriller, do Michael Jackson.

Ontem à noite rolou a Lavagem do Beco (que na verdade, é uma praça). Quinze contos a camisa, com direito a 5 latas de cerveja. Maria se animou toda e já começou a ensaiar uns passos de reggae ao som de um CD tipo "reggae de jesus" que rolava na praça.

Mas, infelizmente, eu terminei cortando o barato dela ao observar que o que ela estava dançando tava mais para um "...fui no Tororó beber água e não achei..." do que pra um legítimo Marley, na linha de um

"Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?

O resultado foi que ela retou e deu a camiseta de presente pra Dona Rosa, a garçonete da pousada, que enfiou o pé na jaca e caiu no reggae até o sol raiar, e hoje tava numa ressaca de dar dó.

Agora, vou dar um tempo aqui, pra ver se ainda alcanço o Bloco lá na Ladeira das Pedras. Uhuuuuuuuuuu!!!