sábado, dezembro 6

CRISE DE ALTERIDADE

Fiquei pensando a respeito, e tendo a crer que estamos vivendo uma crise de alteridade. Não estamos conseguindo mais ver o outro, considerá-lo, tê-lo sob perspectiva constante, como convém a uma convivência ética.

A partir dessas constatações, decidi tentar resgatar em mim a gentileza. Exercitá-la cotidianamente, na expectativa de que ela passe a ser algo natural e espontâneo.

Saindo de uma agência bancária, vi uma senhora que caminhava em direção à porta pela qual eu estava saindo. Segurei a porta e esperei que ela passasse. Somente por esse pequeno gesto, recebi um belo sorriso, cheio de significados: surpresa, enlevo, agradecimento, esperança, alegria. Com certeza, aquele pequeno gesto fez a diferença para mim e para aquela senhora. O dia foi mais bonito por isso.

Não quero ser piegas, mas estou com a sensação de ter "descoberto a pílula". Acho que a gentileza pode ser a chave de tudo, porque ela implica em atenção, reconhecimento, civilidade, carinho, nobreza, cortesia, delicadeza, urbanidade, amabilidade, elegância, encanto, graça, agrado, ética e, mais que tudo, humanidade.

Proponho, então, que todos nós exercitemos a gentileza. Em todos os níveis, em todas as relações, com todas as pessoas, inclusive com a gente mesmo.

Mas faz-se necessária uma vigilância constante. Atenção máxima.

2 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Estou lendo do novo para o velho. Estive uns dias sem vir aqui. Há cerca de um ano uso bengala. Sabia que a dita cuja desperta a gentileza nas pessoas?

domingo, 07 dezembro, 2008  
Blogger Ari disse...

Pois é, Sampaio... mas, uma vez na Caixa Econômica do Itaigara, eu estava com o pé operado e andando de "bota" e muletas. O gerente me colocou na frente da fila e o pessoal protestou.

domingo, 07 dezembro, 2008  

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