ÁGUAS DE BACALHAU
Fica assim não, bobo. Bola pro alto. Levanta o astral. Há malas que vêm de trem. Pior é na guerra. Pior é nada. Podia ser pior.A gente fica se dizendo essas coisas e ouvindo dos amigos, também. E tudo isso aí tá muito do certo. Difícil é pô-lo em prática.
A possibilidade de iniciar um novo tratamento contra a hepatite C deu em águas de bacalhau. Melou.
Na verdade, foi uma expectativa de quase um ano (o tratamento anterior foi suspenso dia 06 de dezembro/07), aguardando a aprovação da pesquisa no Brasil. No dia 14 último, o doutor viajou à Suécia para ultimar os procedimentos. Dia 21, durante consulta, ele me informou que os procedimentos começariam agora, em novembro e me perguntou se eu estava disposto a encarar. Afirmativo e operante. Aí, falou das especificidades da pesquisa, dos efeitos colaterais e tal e coisa. Num determinado momento, lendo o meu prontuário, ele disse que havia um impedimento.
Qual impedimento, cara pálida?
A pesquisa vai trabalhar com 3 amostragens: 1) pacientes virgens, ou seja, aqueles que nunca se submeteram a tratamento; 2) pacientes que não tiveram redução do vírus durante todo o tratamento, e 3) pacientes que, ao final do tratamento tiveram o vírus NÃO DETECTADO ("cura") e, posteriormente, recidivaram.
O meu caso: na 12ª semana o vírus foi NÃO DETECTADO e recidivou na 24ª semana, o que ensejou a suspensão do tratamento.
Segundo o doutor, essa amostragem não interessa à pesquisa.
Como fica agora? Ou melhor, como eu fico agora? Neste exato momento, fudido.
Não lido muito bem com a frustração. Quando do fracasso do meu tratamento a frustração foi muito grande. Dessa vez, o médico ainda pediu que eu esperasse até hoje (sexta-feira) para confirmar se eu poderia, ou não, participar da pesquisa. Insisti com ele, por 3 vezes, que eu preferia sair de lá convicto de que não poderia fazer o tratamento, e ele insistiu que eu aguardasse até hoje.
Na verdade, eu queria evitar uma nova frustração. Não deu outra.
Agora, o jeito é esperar a cabeça assentar e pensar na conduta a ser adotada. Existe uma experiência, ainda sem valor científico, que consiste na aplicação do interferon e da ribavirina (o interferon em doses menores que as do tratamento padrão), com o objetivo de reduzir o potencial de agressão ao fígado e, conseqüentemente, proporcionar uma sobrevida maior, e a possibilidade de fazer novos tratamentos que venham a surgir.
Pois então... a gente tamos aí.
9 Comentários:
Veja bem ... Agora, já, é amarrar uma fitinha do bonfim no pulso! Outra no pescoço. Outra na perna. Outra no pinto. Outra na orelha. Mais dez - uma em cada dedo. Outra no bigode. Outra na cintura. Outra no braço. E se quiser, outra naquele lugar que o Gabeira diz que não vai usar pra pensar. Separa uma pra mim. A luta continua!
bzs
Arizinho
Faça como Igor, meu filho, quando vai me dar alguma notícia não muito agradável, ele sempre me mostra o lado bom e o lado ruim. Nesse caso o lado bom é que você vai ficar um ano livre das rebordosas dos remédios e vai poder aproveitar a vida do jeito que você está aproveitando agora. O outro lado, que é mais ou menos, é que todo mundo da nossa faixa etária, mesmo sem nenhum diagnóstico médico, está mais perto da dita cuja, do que antes. Portanto vamos aproveitar.
Rivera,
Fui ao Bonfim e adotei as recomendações. Surgiram somente 2 problemas: 1) não consegui achar sequer uma fita do bonfim que açambarcasse toda a minha cinturinha de toureiro espanhol. Tudo bem,emendei umas 92 e já tô usando; 2)o outro problema é com a fitinha "no local que o Gabeira não vai usar pra pensar". Essa, além de escapulir a toda hora, faz uma cosquinha danada, parecendo verme caseira, saca?.
No mais, tô seguindo a risca e trouxe algumas pra você que vou lhe entregar no dia do nosso almoço no Saúde Brasil, nesta semana entrante, como sem falta, tá?
EM TEMPO:
O almoço não pode ser segund PPA é dia do barnabé e eu estarei no condado usufruindo dessa minha honorável condição.
Porra gente! Assim tamém é foda! O cara tá se sentindo na beirada do abismo e a gente passa e empurra pra dentro! Menos gente! Menos ... Ô Ari... não tem nada no gênero "alternativo"? Candomblé conheço um, mas e outras coisas? Tem?
Então, Lolita...
É isso aí mesmo. Vou botar pra fuder nesse verão: sexo e roquinrrol, porque drogas nem mesmo o interferon e a ribavirina.
Acabo de lançar uma nova campanha: "VERÃO SEM DROGAS... QUE DROGA!" hehehehehe
Carmencita,
Soube de uma garrafada poderosa que, dizem, é tiro e queda. Cura lumbago, espinhela caída e até dores de amor. Mas fica num lugar complicado, lá over the raibown, bem atrás do pote de ouro. Tô indo pra lá na segunda-feira de mnhãzinha beeeem cedo, aproveitando que é feriado para o barnabé aqui. Você é de ir?
Me falaram, também, de uma benzedeira que tem aqui pertinho, na Baixa do Soronha. Tô querendo ir lá na segunda-feira também, se voltar cedo do tal do the raibown. O problema é que ainda não consegui arranjar um colete a prova de balas. É... porque, já pensou? Vou lá na benzedeira, fico curado do "figo" e,na saída, recebo um balaço perdido no tiroteio entre polícia e bandido, ou entre bandido e polícia que, ao final vem a ser a mesma coisa.
Manter-lhe-ei informada. Se for quente, passo o endereço. Com CEP e tudo.
ô seo Ari, se nessa terra da magia e de todas as energias o senhor não encontrar uma alternativa,faça contato que sei de um médium seríssimo qeu trabalha com curas! bj
Ari, ficou lindo, de dar inveja. Belíssimo. Amei. Bacana. Fundo preto charmoso. Gatos azuis por todo lado. Um luxo! Boa sorte no blog e no tratamento. BJ
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