E O PALHAÇO O QUE?...
Depois de relutar muito, em função dos altos preços dos ingressos, decidi ir assistir o Cirque du Soleil, um desejo cultivado há muito tempo.
O parecer do genial Batatinha foi determinante para a minha decisão:
"Todo mundo vai ao circo
Menos eu, menos eu
Como pagar ingresso
Se eu não tenho nada
Fico de fora escutando a gargalhada
A minha vida é um circo
Sou acrobata na raça
Só não posso é ser palhaço
Porque eu vivo sem graça"
Então, por que não?...Afinal, era o equivalente ao preço de uma consulta médica, e muito mais divertido do que tratar de assuntos ligados ao fígado que, por sinal e como diz a sabedoria popular, deve ter sido bastante desopilado, pelo tanto que ri.
Ri dos clowns, sim, muito. Geniais!
Ri muito mais, entretanto, do impagável episódio ocorrido logo na abertura do espetáculo quando o mestre-de-cerimônias, o baiano Jailton Carneiro de Jesus que saiu do Circo Picolino para a glória internacional do du Soleil dirigiu-se à ala vip da platéia e retornou trazendo nos braços o deputado ACM Neto, entre vaias e aplausos do público.
Pequeno, franzino e – of course - de paletó, o deputado baiano mais parecia um componente do elenco dada a bizarrice da sua figura e o inusitado da cena.
Depois de carregado para a coxia, ACM Neto retornou ao palco usando o figurino do espetáculo, um pano branco enrolado em todo o corpo, até à cabeça, que no deputado ficou a cópia fiel do espermatozóide de Woody Allen em "Tudo O Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo Mas Tinha Medo de Perguntar". Hilário!
No mais, a excelência da arte circense em toda a sua magnitude. Um bálsamo para alma e espírito tão tripudiados pelos escabrosos espetáculos do circo dos horrores de Brasília.
Agora, é dar um jeito de faltar à próxima consulta médica para amenizar o baque nas finanças.
Valeu!!!