segunda-feira, junho 29

MICHAEL FOREVER

A morte de M. Jackson reforçou uma percepção que eu tinha a respeito do sentimento das pessoas em geral, com relação ao pop star.

Tudo bem que, depois de morto, todo mundo é gente boa. Inclusive, na cobertura da Globo News, enquanto não se confirmava oficialmente a morte do cara, os comentaristas falavam unicamente dos aspectos negativos, os escândalos, as mutilações físicas, a síndrome de Peter Pan, a falêncai financeira, etc. Pois bem, assim que foi confirmada a morte, os elogios ao talento, à criatividade, à genialidade do artista passaram a ser a tônica dos comentários. Impressionante!

Michael Jackson, assim como Elvis e tantos outros, foi vítima de um sistema cruel representado pelo show business.

Ainda criança, foi alçado à merecida condição de ídolo, pelo enorme talento que demonstrou.

Daí em diante, esse talento somente aumentou e o guri negro e engraçadinho transformou-se em um adolescente e um adulto (se é que se pode usar esta definição em relação a Michael Jackson) extremamente talentoso, batendo todos os recordes de vendagem de discos e de permanência nas paradas de sucesso.

Os caprichos de criança mimada foram se exacerbando ao ponto de fazê-lo acreditar que podia tudo, inclusive ser outra pessoa, de outra etnia, de outra raça e, quiçá, de outro sexo.

Teve início o processo de mutilação. Queria se parecer com a cantora Donna Summers, em versão branca. Não se sabe o número de cirurgias e tratamentos aos quais se submeteu. Fato é que, ao final, ao invés de sósia de Donna Summers, ele ficou a cara da macaca Zira, do filme o Planeta dos Macacos (na segunda versão, com Elizabeth McGovern).

Às esquisitices do astro seguiram-se os escândalos.

Pedofilia! Crime hediondo, execrável e execrado por toda a sociedade.

No entanto, no caso de Jackson, me parece que houve uma certa complacência por parte de todos nós. A ele sempre foi concedido o beneplácito da dúvida.

Talvez, a chamada e explícita Síndrome de Peter Pan em Michael fosse tão evidente que, ao imaginá-lo na cama com uma criança, fossemos induzidos a pensar que, na verdade, eram apenas dois meninos "brincando de médico".

Neverland, a Terra do Nunca, onde se permanece eternamente criança.

Nós também nos convencemos disto. Michael Jackson era uma criança perdida, desencontrada, desestruturada, mas incrivelmente genial.

 

6 Comentários:

Anonymous A Repórti disse...

Falou e disse.
É por essas e outras que eu leio o Filósofo de Itapuã.



P.s.: Com aquela cara esquisitíssima, ele devia meter um medão no filho caçula

segunda-feira, 29 junho, 2009  
Blogger Ari disse...

kkkkkkkkkkkk qdo li a primeira vez, entendi DEDÃO ao invés de MEDÃO kkkkkkkkkkkkkkkkkk

As piadas infames já estão circulando. Disse que qdo MJ chegou ao céu, foi logo perguntando:
- Cadê o menino jesus? kkkkkkkkkkkkkkk

segunda-feira, 29 junho, 2009  
Blogger Kátia Borges disse...

Oi, Ari, Michael morreu, mas ainda estamos aí no planeta. Tudo em paz com você? Saudade. BJ

segunda-feira, 29 junho, 2009  
Anonymous t.moraes disse...

outra piada q ouvi hj: "Michael ja foi negro, branco e agora virou cinza..."
abraçao broder.

terça-feira, 30 junho, 2009  
Blogger Dorotéia Sant'Anna disse...

Ahá..de volta ao verbo, seo Ari! Gostei!

quinta-feira, 02 julho, 2009  
Anonymous a repórti disse...

ehehheehheeheheh.
dedão e medão são praticamente sinônimos visto a circustancia, heheheeheh

domingo, 05 julho, 2009  

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