CONTÁGIO DE HEPATITE CRESCE NO CARNAVAL
Transmissão da doença é duas vezes maior do que a do vírus da Aids
Rio - Nove entre dez pessoas reconhecem o Carnaval como época de diversão, blocos e samba. Poucos sabem, porém, que, na data mais festiva do ano, o cuidado com a hepatite deve ser redobrado. A doença tem contágio mais freqüente do que o vírus da Aids. A cada grupo de mil pessoas, 12 têm hepatite, enquanto pouco mais da metade apresentam o HIV.
O médico infectologista e professor da Universidade de Brasília (UNB) Ricardo Marins explica que o vírus da Hepatite B é transmitido quando o sangue ou os fluidos orgânicos como sêmen e fluxo menstrual contaminados penetram na corrente sangüínea.
Já a transmissão do tipo C ocorre com o contato direto com o sangue.
Além das relações sexuais, outra forma comum de contrair o vírus é com o uso de drogas, por meio de seringas e canudos compartilhados.
"As pessoas precisam saber que não é só com droga injetável que se adquire a hepatite. Muitos usuários utilizam uma 'marica' (canudo feito com caneta, alumínio ou nota de dinheiro) para cheirar a cocaína ou o crack. Como a droga machuca a parede interna da narina, ocorre o contato com o sangue de outra pessoa", destaca o diretor da ONG Saúde em Vida, Christian Carvalho.
De acordo com Marins, no início o quadro clínico da hepatite é semelhante à gripe ou a um simples mal-estar, dificultando a identificação. Ele explica que a doença só se manifesta em dez, 15 ou 20 anos, quando o portador apresenta uma cor amarelada. "O correto é que todos fizessem o teste de forma preventiva", orienta.
2 Comentários:
Boipeba tem hepatite?
Se não tinha, terá agora.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial