BESTAGEM
Fico pensando o quanto o envelhecer de hoje é diferente. No passado, parece que era uma coisa mais natural. Não sei se era, de fato, uma questão de naturalidade, ou se, na verdade, uma questão de acomodação e de conformismo.
As pessoas tornavam-se senhores e senhoras respeitáveis, cumpridores das suas obrigações, ou seja, correspondentes aos papéis e padrões sociais previamente determinados.
Aos 40 anos, homens e mulheres eram velhos, e isso parece que trazia uma certa tranqüilidade, uma certa sensação do dever cumprido, apesar, suponho eu, de todas as frustrações e decepções acumuladas. Restava o consolo de ter andado a favor da corrente, de fazer parte do senso comum.
Os homens, via de regra, mantinham ainda uma certa animação com outras mulheres, amantes ou prostitutas. As mulheres, entretando, viam-se aprisionadas no papel coadjuvante de esposa e mães exemplares... e gordas.
Hoje, percebo que, na minha faixa etária (50-60), a praxe é estar só. A indissolubilidade do casamento felizmente não existe mais e as possibilidades de novos relacionamentos deveriam imprimir um novo ânimo nas nossas vidas.
Não é o que constato, porém. Talvez, por sermos matéria de transição, guardemos ainda valores erótico-afetivos ultrapassados, apesar de toda a nossa tão propalada modernidade, ou modernitude, e continuamos a nos balizar por conceitos românticos já comprovadamente inócuos. Queremos amores de Doris Day e Rock Hudson, romances de novela, príncipes encantados e princesas aprisionadas nas torres dos castelos.
Talvez por isso, insistamos tanto em permanecer jovens, na esperança desesperada de ouvir sinos a repicar ao encontrar a pessoa amada. E, talvez por isso mesmo, não a encontremos nunca, porque os sinos só dobram quando alguém sacode o badalo (sem sacanagem rss).
E nessa de "por quem os sinos dobram", a vida vai passando, nos ultrapassando enquanto permanecemos em frente aos nossos computadores lendo e enviando e-mails e escrevendo nos nossos blogs.
Tá meio besta essa vida, não tá não?
As pessoas tornavam-se senhores e senhoras respeitáveis, cumpridores das suas obrigações, ou seja, correspondentes aos papéis e padrões sociais previamente determinados.
Aos 40 anos, homens e mulheres eram velhos, e isso parece que trazia uma certa tranqüilidade, uma certa sensação do dever cumprido, apesar, suponho eu, de todas as frustrações e decepções acumuladas. Restava o consolo de ter andado a favor da corrente, de fazer parte do senso comum.
Os homens, via de regra, mantinham ainda uma certa animação com outras mulheres, amantes ou prostitutas. As mulheres, entretando, viam-se aprisionadas no papel coadjuvante de esposa e mães exemplares... e gordas.
Hoje, percebo que, na minha faixa etária (50-60), a praxe é estar só. A indissolubilidade do casamento felizmente não existe mais e as possibilidades de novos relacionamentos deveriam imprimir um novo ânimo nas nossas vidas.
Não é o que constato, porém. Talvez, por sermos matéria de transição, guardemos ainda valores erótico-afetivos ultrapassados, apesar de toda a nossa tão propalada modernidade, ou modernitude, e continuamos a nos balizar por conceitos românticos já comprovadamente inócuos. Queremos amores de Doris Day e Rock Hudson, romances de novela, príncipes encantados e princesas aprisionadas nas torres dos castelos.
Talvez por isso, insistamos tanto em permanecer jovens, na esperança desesperada de ouvir sinos a repicar ao encontrar a pessoa amada. E, talvez por isso mesmo, não a encontremos nunca, porque os sinos só dobram quando alguém sacode o badalo (sem sacanagem rss).
E nessa de "por quem os sinos dobram", a vida vai passando, nos ultrapassando enquanto permanecemos em frente aos nossos computadores lendo e enviando e-mails e escrevendo nos nossos blogs.
Tá meio besta essa vida, não tá não?
3 Comentários:
ô vidinha mais ou menos!!!
Taí Ari, acertou na mosca! E vamos que vamos..
bj
Tá.
Tá não!
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